Estamos vivendo dias de angústia aqui em casa. Tatá viajou pro Rio e vai ficar até depois do carnaval. Milena está transtornada em todos os sentidos. Do momento em que acorda até a hora que consegue dormir ela pergunta pela irmã. Em alguns momentos ela chora, em outros ela grita.

Ontem não ficou na escola, tive que trazê-la para a casa pois só chorava e falava da irmã. Estou dando florais e notei uma leve melhora, mas continua com a fixação. Agora à noite mudei a estratégia, se ela me perguntava se a Tatá está chegando, ao invés de dizer que não, que ela vai demorar, eu dizia que sim. Eu já faço de certa forma essa dissimulação. Quando ela quer alguma coisa eu evito a dizer não. Se ela me pergunta se ela vai passear eu digo: “sim, no momento certo” ao invés de dizer “não, agora não”. Só que desta vez não se trata de dizer “sim, sua irmã vai voltar”, porque ela pergunta: “hoje, agora?” Por isso eu estou me sentindo mal, digo “ela vai voltar hoje”.

Que passe logo

Uma coisa peculiar foi quando falei para ela que eu iria mandar a Tatá voltar, pois Milena estava chorando, mas que ela não iria gostar, iria ficar triste em ter que voltar para a casa tão rápido. Por isso, agora ela fala: “não manda Tatá voltar!” Mas emenda: “Tatá vem, vai chegar, não vai chorar”. É legal ver que ela é sensível assim, mas aumenta minha dó em ver que ela sofre tanto querendo a irmãe perto dela mas não querendo atrapalhar o passeio dela.

Não sei dizer se ela vai acostumar, mas a minha energia está se esvaindo e se continuar assim terei que chamar a grande amiga da Milena de volta. Olha que já me separei dela por alguns dias três vezes e ela ficou muito bem. Podemos avaliar o quanto ela está apegada ou talvez esteja tomando consciência do que sente ou ainda. Ela pode só agora estar conseguindo dar voz ao que sente.

O que quer que isso represente, progresso ou não, eu só espero que passe logo!

Um forte abraço a todos.