Mais um diagnóstico
É muito bom ver que tem tanta gente nos visitando! Partilhar experiências, manter a família e os amigos informados, tem sido meu principal objetivo. Pena que nem todos deixam seus comentários… Nem um oizinho… Só pra eu saber que visitas recebi… (ouçam ao fundo aquela melodia do “Incrível Hulk”: tum, tum, tum, tum… coitadinha de mim).
Bom, mas vamos de novidades. Milena está cada vez mais “ligada”. Consegue executar ordens cada vez mais complexas e tenta imitar o que fazemos. E aí nós percebemos o quanto ela presta atenção! Às vezes achamos que a garotinha não está nem olhando… Que nada! Ela repete coisas que eu fazia quando ela tinha um aninho. Isso serve de estímulo para as mães que acham que seus filhos não estão atentos.
Esta semana recebi o laudo da avaliação que Milena fez. Chamado de PEP (Perfil Psicoeducacional Revisado), o diagnóstico foi:
- Alteração leve na área da interação;
- Alteração moderada no brincar;
- Alteração moderada a severa na linguagem = tríade autista.
Aquele estranho alívio
Este diagnóstico tão demorado e a constatação do Autismo que só o geneticista havia feito (todos falavam em Transtorno Invasivo do Desenvolvimento) só veio confirmar o que eu já sabia e me direciona muito mais de alguma maneira. Só quem vive uma situação assim pode entender que, de certa forma, o diagnóstico é um alívio. Estranho, não?!
É o mesmo que você estar no escuro lutando contra um inimigo perigoso. Se alguém grita “é um lutador de judô”, você sabe mais ou menos que tipo de golpe ele vai usar. Mas se alguém diz “é um boxeador”, você se defende de outra forma…
Outros dados foram revelados na avaliação – mas não tão importantes. A idade de desenvolvimento de minha pequena está entre 1,7 a 2 anos de idade e na fala 1,5. Isto varia muito e quando a fala se desenvolve os ganhos são consideráveis.
Estimulação precoce
O mais legal foi a afirmação do QUANTO foi IMPORTANTE a estimulação precoce, que veio porque nós enxergamos a diferença da minha filha. Nós aceitamos o fato de que havia um problema e começamos tão cedo nossa luta.
A especialista nos disse que o que torna o Autismo da Milena tão diferente (e todos são diferentes) é o grau de interação dela que é MUITO bom. Fruto do nosso investimento nos últimos três anos.
Mais um longo texto, mas eu espero que contagie outros pais. Minha visão é de alegria ao ver que minha filhota progrediu tanto e com certeza vai progredir mais. Podemos esperar que ela irá evoluir muito e nós vamos sorrir muitas vezes juntos neste espaço.
Beijo em todos os corações.
Oi Fausta! Parabéns imenso pelo blog. Me tocou demais. Eu sou mãe o Giovanni, de 1 aninho e 1 mês e está passando por avaliação de risco de autismo (ou algum outro transtorno de desenvolvimento). Ele interage muito bem com as pessoas, mas se fixa demais em alguns detalhes de objetos, como rodinhas e não tem um brincar funcional. Quando se fixa, não presta atenção na gente. Fizemos a avaliação com ele ontem e a psiquiatra tem impressão que com terapia esses sinais, que ainda são poucos sumiriam. Mas eu e marido estamos destruídos e perdidos no que pensar e… Leia mais »
Mariana vou fazer isso agora.
Já ouvi muitos relatos de sinais assim que realmente desapareceram, não perca a esperança e também não se deixe enganar.
Muitas vezes a gente se perde na fuga inconsciente e deixamos de ver coisas óbvias. Principalmente em casos de autismo leve a gente pode sim, achar que passou e a dificuldade continua ali e a criança cresce incompreendida e se sentido totalmente deslocada.
Desejo só o melhor para vocês e te passo um email agora com meus contatos. Um abraço com carinho.
Perdão, agora que vi que vc gosta de ser chamada por Cris! Desculpa!
Mariana não esquenta. Afinal, Fausta é meu nome!!! Um abraço carinhoso.