Vida e morte
A vida é muito preciosa.
Quantas vezes estamos desanimados, tristes, focados em nossos problemas e, de repente, de maneira inesperada – e às vezes dolorosa – percebemos que somos, sim, muito felizes. Neste domingo, a família do meu marido perdeu um jovem membro. Eu considero a minha família também. Com 26 anos, um acidente de moto o levou precocemente, deixando sua jovem esposa, sua filhinha de dois anos e sua mãe desoladas.
Eu não acredito na morte, SEI que a vida é eterna. Mas é muito triste a separação e os que ficam convivem com a saudade quase sempre constatam aquilo que todos nós temos a obrigação de constatar todos os dias: como somos felizes.
O reconhecimento das dádivas que recebemos, dentre elas a maior que é a vida, nos impedirá de dizermos: eu era feliz e não sabia. Por isso, agradecer a Deus pelo que temos, mesmo que reconheçamos que precisamos continuar lutando por aprimoramento, é nosso dever.
A vida é tudo, perto de seu valor todo o resto fica menor. Deficiências (?), desentendimentos, desilusões, tornam-se nada quando a vida está em jogo.
Por isso, desde que percebi a possibilidade de que minha filha teria mais dificuldades que as demais crianças eu agradeci. Agradeci por ela estar viva, por ela ter vindo enriquecer meu mundo, me ensinar. Sua presença enche minha vida de ternura e igualmente a presença de meus outros dois filhos, de meu amado marido, de meus familiares e amigos.
Sou uma pessoa muito feliz, cercada de pessoas que amo, capaz, viva.
Fica aqui a minha prece por você primo querido, que você voe livre e feliz.
E aos meus queridos visitantes, uma semana de luz a todos vocês.