Altos e baixos
Gente! Minha menina estava terrível em comportamento. Desde a última quinta-feira, fala, canta e quer se manter o tempo todo fazendo alguma coisa errada. 🙂 O bom é que ela é “ardilosa”, como se diz por aqui. O que significa que ela sabe muito bem o que vai conseguir quando apronta das suas.
Apronta e (às vezes) pede desculpa
Quinta-feira fui buscá-la na escola e ela ja chegou no portão dizendo: “Nêna bateu póta”. A tia Adriana me confirmou com a cabeça completando: “Ela estava terrível”. Ao ler o relatório ela fica do lado e pede para que eu leia em voz alta pra ela e vai completando verbalmente o que não está escrito. Sua autenticidade é impressionante. Fala o que fez e ainda pergunta se a tia ou a acompanhante estão tristes. Se respondo que sim ela repete a pergunta várias vezes e emenda: “Pupúpa” (seu pedido de desculpas).
Em casa quando apronta fica muito assustada ou amedrontada, mas continua fazendo… É difícil explicar como é. Por exemplo, se derruba algo, olha assustada e, se ficamos bravos, ela faz de novo de propósito, por birra. Mas se não ficamos bravos e dizemos com carinho que isso acontece (mesmo sabendo que ela fez para chamar a atenção), ela faz de novo da mesma forma, mas pede desculpa, chora.
Comigo é muito pior, pois ela sabe que mãe é mãe. Daí ela persiste no erro até conseguir me chatear. Com o pai ela recebe um não bem firme e aceita o limite com mais frequência. Mas pode esperar que ela vai ficar agitada. Se ela recebe muitas broncas ela fica muito agitada, pula na ponta dos pés, procura o que tem de errado para fazer… E parece que sofre com isto.
Milenices
Outra coisa interessante é que ela não aceita ser consolada. Quando se machuca e perguntamos se está dodói, ela responde prontamente que não. Mesmo quando vemos que está doendo e conseguimos trazer para perto ou colocar no colo ela não aceita o conforto. É como se fosse feio se machucar e ela tivesse que esconder isso.
A autonomia tem aumentado a cada hora. Ela faz as coisas dizendo dispensando ajuda: “Não dúda, nêna faz ózinha”. Não fala s nem r ainda. Tem usado com mais frequência a primeira pessoa. Bem treinada que é, quando diz “eu” bate a mão no peito, pois foi assim que nós ensinamos a referir-se a sim mesma. Tem dito “é meu”, “é minha”, o que reforçamos com bastante alegria e elogios.
Nosso (quase) diálogo
O melhor desta história é quando quase temos um diálogo. Digo quase porque ainda são muito curtos. Ela fala algo e aí eu pergunto, comento e ela devolve uma resposta. É fascinante este momento, pois Milena fala muito, nos informa de tudo. Mas a troca de uma forma mais típica não acontece, e é isso que a afasta das outras crianças.
A luz no fim do túnel se transformou em sol nascente, cada vez mais presente em minha estrada e eu estou amando andar na claridade.
UM BEIJO!!!! Desculpem o longo intervalo sem postar. 🙂