Aceitação
Ontem estive em uma escola para tentar auxiliar no processo de inclusão de uma garotinha linda. Ela tem um atraso na aprendizagem e alguns sinais de Autismo. Mas se tiver Autismo é um grau leve, bem mais leve que o da Milena. Isto é um problema, pois quando a coisa é gritante todo mundo se toca, todo mundo percebe e faz algo para acolher, compreender, ajudar. Quando é quase imperceptível, os comportamentos inadequados saltam aos olhos e dão a impressão de que são de propósito. Os médicos também olham e dizem de cara: não tem nada.
Para uma família de baixa renda, com pouca informação isso é realmente preocupante. O nosso instituto precisa de verba, precisamos ter recursos para ajudar gente assim, mas não é fácil viu gente? Por enquanto vou lá, sozinha, uma “andorinha só” ou um beija-flor tentando pagar o incêndio…
Autismo leve: um diagnóstico difícil
Milena tem uma coleção de laudos, que eu persegui na busca de ter certeza de que ela tinha Autismo, depois de muito andar, Liana querida amiga e psicóloga que atende a Mi (todo profissional da Mi se torna meu amigo, bom né?) fez sua pós-graduação em Neuropsicologia e o estudo de caso foi de quem? A Milena passou por uma bateria de avaliações com ela e teve o seu diagnóstico confirmadíssimo por nada mais que seis tipos diferentes de instrumentos de avaliação (DSM-IV, PEP-R, IDEA CARS, EAC, TUKI).
Seu eu fosse ouvir grandes nomes da neurologia infantil do Brasil, ficaria bem relax – como disse hoje a uma amiga -, ainda bem que não deixei de estudar e principalmente de trocar informações com outros pais, pois foi isso que sempre me mostrou que minha filha tem Autismo. Leve, atípico, médio seja em que grau for, ela tem Autismo e por mais que TODO MUNDO diga “não parece”, o fato de entender e aceitar esta verdade só fez bem. Como diz minha amiga Cláudia do site Autismo em Foco: aceitar sim, conformar jamais!
Bom, é isso minha gente, não dá pra escrever mais, por isso fico por aqui. Beijos a todos!!!