4 anos,  Conscientização,  Reflexões

Apoio a famílias de pessoas com Autismo em Uberlândia

Estou em uma nova “empreitada”. Depois de voltar a morar em Uberlândia, tendo vindo do Rio onde conheci o trabalho da Associação Mão Amiga, senti o quanto minha cidade precisa ter um movimento articulado com enfoque no Autismo. Encontrei pessoas com a mesma disposição e juntas estamos fundando a Associação Amor Autista (nome escolhido pelo grupo), que pretende ser um espaço que acolha e agregue pais, que ofereça cursos de atualização profissional, que atenda a pessoas com autismo em diversas linhas terapêuticas e represente politicamente o interesses deste público.

Não sei de onde virá o recurso financeiro, não sei daqui quanto tempo poderemos começar a atender. Mas tenho certeza plena da enorme demanda que temos nas mãos. Vocês não imaginam o drama que vivem determinadas famílias que recebem uma pessoa com Autismo, sem informação, sem acesso a serviços e atendimento. Agora, por exemplo, tenho um exemplo triste, um garoto de 10 anos com Autismo perdeu seu pai, a ÚNICA pessoa que o entendia e que traduzia o mundo para ele. A mãe está perdida sem saber como lidar com ele e o mesmo não recebe nenhum atendimento.

A minha riqueza

Penso como sou rica! Mesmo com uma conta bancária zerada, não me faltam recursos para cuidar da minha filha. É claro que não proporcionam para ela nem metade do que eu gostaria, mas ela tem tanto e eu tenho informação, tenho internet, tenho acesso a bons profissionais, tenho vocês.

Sonho com um mundo mais igualitário, quero muito que todos tenham o que precisam e, mais tarde, com corações melhores, todos tenham o que desejam. É minha utopia, mas eu adoro o Eduardo Galeano quando diz mais ou menos assim:

“A utopia está no horizonte, caminho um passo e ela se distancia um passo, caminho mais dez passos, ela se distancia outros dez. Ora, pra quê serve a utopia? Para isso, para eu caminhar.”

Não é lindo?

Beijos de uma caminhante a todos vocês. E pra não ficarem curiosos, Milena está bem, um pouco agitada (achamos que ela andou comendo algo proibido por aí), mas doce e carinhosa como sempre e com uma novidade: está assistindo dênho adádo (desenho animado), finalmente atenta. 🙂

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Quero que você saiba que não tenho a pretensão de apontar nenhum caminho nem ensinar nada. Tudo o que está escrito aqui tem a minha versão pessoal, baseada na minha própria vivência e que tem funcionado para mim e para minha filha.

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