Menino de calça jeans e jaqueta azul atirado na calçada de pedra fazendo birra.
4 anos,  Comportamento

Tempos de crises e birras

A montanha russa de subidas e descidas vertiginosas que tão bem representa a convivência diária com alguém com algum Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nos surpreende e intriga constantemente.

Não existe adaptação ou costume, tudo é uma constante novidade. Estudo, leio, me informo, troco experiências com grandes amigos – virtuais ou não – e sempre me deparo com situações surpreendentes em meu dia a dia.

Neste momento estão me surpreendendo as birras, ou crises, não sei bem dizer o que é. Milena se irrita com alguma coisa e essa irritação não passa. Ela chora, bate, vem para puxar o meu cabelo, atira as coisas no chão irritada e assim fica por um bom tempo. Por mais que eu tente consolar ou dizer que ela tem outras formas de expressar a raiva (bater na almofada, desenhar) ela insiste em ficar na postura do contra. Não faz nada que pedimos. Olha, é um momento terrível. É preciso uma dose cavalar de paciência, pois se fico brava e dou-lhe uma bela bronca, aí sim a coisa desanda de vez. O jeito é conversar bem docemente, e ir tentando despertar o interesse dela para alguma outra coisa.

Estes episódios tem sido constantes. Acredito eu que está fazendo falta a homeopatia antroposófica que deu tão certo, mas que em Uberlândia não encontrei um profissional que nos oriente. Dra. Rosanne socorro!!!!

A tal da montanha russa

Ainda bem que são momentos. Que bom que eles passam. Hoje de manhã, por exemplo, está um docinho de criança. Dócil, carinhosa, obediente. Por isso o termo montanha russa é tão adequado.

Vamos levando né? Crescendo em paciência e tolerância e encontrando novas formas de agir. É o que sempre digo: vamos nos melhorando neste caminho, que exige esforço, mas compensa muito.

Que todos tenham excelentes dias de final de maio e princípio de junho. O que me lembra a música do Kid Abelha que eu adoro:

Maio já está no final
É hora de se mover
pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses
esqueça os seus finais
esqueça os finais

 

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Quero que você saiba que não tenho a pretensão de apontar nenhum caminho nem ensinar nada. Tudo o que está escrito aqui tem a minha versão pessoal, baseada na minha própria vivência e que tem funcionado para mim e para minha filha.

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