Perguntas e mais perguntas

A Milena está pedindo um presente do dia das meninas… kkkkk!!!!

Quando eu fui contar para o pai dela, ela me corrigiu: “Não, mamãe, dia das kiânças. Mas horas mais tarde ela mesma perguntou ao pai: “O que você vai me dar de presente do dia das meninas?”

O difícil é saber que vamos jogar dinheiro fora, pois a danadinha não aproveita seus brinquedos, só quando vem outras crianças aqui em casa, então ela fica meio que olhando de longe, mais ou menos participando. Mas, brincar sozinha, isso não adianta esperar. Ela vai ficar mesmo é perto da gente assistindo seus vídeos de festa, de terapias ou perguntando sem parar. Quando ela está conosco, não conseguimos fazer nada como assistir a TV, conversar, comer… A cada cinco minutos ou menos somos interrompidos.

Conversas e perguntas

Milena é muito carinhosa e não gosta de ficar sozinha. O problema é que o foco tem que estar nela. É sempre o interesse dela que conta. Se tentamos direcionar a conversa, manter um diálogo vamos ficar frustrados pois a troca só acontece por um breve período.

Hoje pela manhã foi o máximo, desci para acompanhar a vistoria do meu carro pela seguradora e ela ficou dormindo com o pai. Quando entrei em casa ela tinha acabado de acordar e bem sonolenta apareceu na porta do quarto, olhou bem para mim e perguntou: “Quem é você?”. “Sou sua mãe, oras…” Ela continuou olhando e de repente abriu um sorriso: “Oi mamãe”.

Estas perguntas estranhas surgem vez ou outra: “De quem este?” (apontando para algo que obviamente é dela), “Como esta menina chama?” (a menina é ela mesma), “De quem este é pai?” (apontando para o próprio pai), “Como minha irmã chama, anos você tem, como você chama…”

Vamos tentando entender o por quê destas perguntas, não é muito fácil quando ela pergunta coisas estranhas para pessoas estranhas. Por exemplo, aponta para o marido e pergunta para a esposa: “É seu pai, tia?” Ou para uma barriga grande de homem ou de mulher e pergunta: “Tem nenê na sua bíga?” Ou ainda: “Você é homem?” (para uma mulher). Nada que um bom sorriso amarelo não resolva.

O velho preconceito

Duro é quando a pessoa solta indireta ou diretamente a sugestão de que ela já tem idade de saber que a gente não pergunta essas coisas. E eu fico com vontade de responder: “E você já tem idade para saber identificar uma criança especial…”

Mas a minha educação e polidez são suficientes para me fazer mascarar qualquer reação mais ríspida. Afinal minha dose de educação tem que ser suficiente para mim e para ela, embora nem sempre eu consiga. Como dizem minhas amigas mães de crianças com autismo, tem hora que a “peixeira” está na bainha… aí ninguém segura – a peixeira no caso representa algo como: cuide de sua própria vida. Mas eu não sou mulher de peixeira não, to mais para Magali do que para Mônica.

Bom é isso, fico por aqui deixando um abraço bem forte e um obrigada sincero por sua visita.

Bjim procês!

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