Dividindo a atenção

Eu tenho uma agenda bem complicada. Meu tempo é sempre cronometrado e, ultimamente, com minha pós-graduação na etapa final, todos os trabalhos de finalização estão exigindo o tempo que me falta (pois sobrar não sobra nunca). Como minha Milena já estava “carente de mãe” por conta da viagem, ela não se conforma em ter que me dividir com um computador ou que eu fique com ela em casa sem dar toda a atenção que ela está acostumada.

– “Per quê” cê tem que estudar?

– Mamãe vem aqui AGORA!

– Não estuda mamãe… Mamãe chega estuda… Não lê este livro…

A outra criança da dupla

Milena sempre teve minha dedicação total, eu sou culpada por esta cobrança. Como não tem mais criança em casa, quando estamos nós duas eu sou a outra criança da dupla. Sem nenhuma intenção de agir pedagogicamente, vou interagindo de forma prazerosa com ela.

Preciso dizer que nem sempre é fácil, tem dia que não estou a fim, tem momentos que preciso dar atenção pro meu amor, para meus filhos. Enfim, ela não entende que não sou uma extensão dela e sofre com isso. Eu sinto falta de ter o nosso tempo, sinto por ter que vê-la crescer e passar por toda esta ausência, mas isso faz parte da vida.

Como todas as mães do mundo

Pelo menos nisso sou igual a todas as mães do mundo, vivo o misto da alegria por minha filha estar crescendo e a dor de saber que crescer significa descobrir a felicidade, mas também significa chorar, se decepcionar, aprender a perder e abrir mão do que se quer.

Desculpem o tom deste post… Acho que todo o estresse dos últimos dias teve efeito sobre meu humor. Mas aguardem para muito em breve o alto astral que meu queridos leitores merecem.

Na próxima semana vou contar sobre a festa junina, o grande momento do ano da Mi. Ela adora se vestir de caipira e subir no palco.

Beijos 🙂

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