De volta à rotina

Cheguei de viagem e a ansiedade em ver minha Mileninha fez com que a viagem parecesse mais longa. Fui a primeira passageira a sair no desembarque e para minha surpresa ela e Tatá não estavam esperando. Liguei e elas estavam em outro canto do aeroporto. Quando vieram a meu encontro eu vi Milena lá de longe e me procurava olhando para cada pessoa que passava por ela.

Me agachei e abri os braços, mesmo sabendo que a possibilidade de receber um abraço naquele momento era remota. Quando ela me viu seu rostinho se iluminou, mas ela não correu, veio no mesmo passo e assim que se aproximou começou com suas perguntas adoráveis. Eu fiquei pedindo um abraço que acabei conseguindo só na hora do almoço já em casa. Milena se aproximou, pediu para sentar no meu colo, se aconchegou e disse: – Mamãe, tava saudade cê… Pronto, meu mundo ficou inteiro o cor de rosa neste momento.

Enquanto estávamos longe

Ela se comportou muito bem na minha ausência, com exceção de uma ou outra crise em que eu era acionada pela Tatá e falava com ela ao telefone, ela conseguiu lidar com minha ausência, graças ao longo preparo que fizemos ambientando ela aos poucos a esta mudança tão brusca de rotina. Falávamos pelo MSN e ela ficava muito feliz, perguntava pelos seus presentes e eu tinha que deixar o que comprava para ela à mão, pois era nos presentes que ela concentrava nossos diálogos.

Voltando à rotina aos poucos

Até retomarmos a rotina ela fica um pouco mais agitada, mas este é um preço muito pequeno a ser pago diante desta maturidade que ela demonstrou com a minha viagem. É verdade que temos que dar os devidos créditos ao empenho e dedicação de minha filha Thamires. Ela foi uma mãe postiça perfeita, e agora resta fazer o movimento oposto e ir aos poucos trabalhando o distanciamento da duas, pois Milena não aceita se separar dela por nada, claro. Ela chegou a perguntar em uma das nossas conversas pelo computador: – Tatá é minha mamãe agora?. E se divertiu muito quando eu gritava: -NÃO!!!! Sua mamãe sou eu menininha!

Muito gostosa a sensação de que a vida segue seu curso, pois existem momentos que nos fazem pensar que não será assim. O momento do diagnóstico, os vários momentos de crise, o período onde a comunicação não acontecia, os problemas com escolas e pessoas preconceituosas. Enfim, aquele céu carregado da tempestade que nos faz esquecer por um momento que o céu azul está lá com o sol, só esperando as nuvens se dissiparem.

Beijos a todos vocês visitantes ilustres e queridos!!! Bom estar de volta.

0 0 vote
Article Rating
Post anterior Próximo post

Você também vai gostar

Subscribe
Me envie notificações de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments