Palmadas…

Ao longo destes seis anos e 4 meses, acho que dei palmadas na Milena duas ou três vezes. Hoje foi um destes episódios e, como da última vez, não me arrependo nem um pouco, pois minha atitude não foi o reflexo de um momento, mas sim o último recurso de quem deseja evitar mal maior.

Tenho ouvido relatos esporádicos de que Milena anda batendo nos colegas da escola de repente, sem motivo aparente. Foi até levada para a sala da orientadora outro dia 🙂 – tenho que rir… – mas me preocupo muito com a questão da agressividade. Pois todos sabemos que Milena tem dificuldades de socialização e tudo o que NÃO precisamos é de complicadores neste setor.

Desde ontem ela está puxando o meu cabelo. Eu avisei, pedi, expliquei. Hoje bateu na Tatá duas vezes e na Eliana minha ajudante também. Até que em um momento muito inadequado ela quase me jogou no chão, tamanha força que colocou ao puxar o meu “rabo de cavalo”. Eu peguei firme no seu braço, disse que ela não podia fazer isso e que eu não ia mais admitir que ela fizesse isso e dei umas três palmadas no seu bumbum.

Ver a carinha dela me olhando muito assustada, perguntando “Você tá triste? Pupúpa, não vou fazer mais isso” foi de cortar o coração. Mas me mantive firme e coloquei-a sentada no sofá e disse que ela estava de castigo. Tudo bem que no caso dela é um castigo de 30 segundos, mas ela entende que é uma punição e que é suficiente.

Superando a agressividade

O que me surpreendeu desta vez foi a facilidade com que ela superou o episódio! Impressionante, pois todas as vezes em que lhe chamamos a atenção de maneira mais firme desencadeamos uma crise de choro, auto agressão e irritabilidade que nos desgasta imensamente. Mas desta vez ela entendeu, pediu desculpas, chorou um pouco e logo mudou de assunto e se organizou para ir para a escola.

Não quero que se repita. Não sou, hoje em dia, favorável a esse modelo de educação, principalmente pelo ridículo que é bater em uma criança para ensinar a ela que não deve bater nas pessoas (!). Mas não sou de ferro, sou muito imperfeita e naquele momento foi o que dei conta de fazer, mas longe de mim me orgulhar do que fiz. Ainda assim tenho que admitir que foi uma vitória imensa ter vivenciado mais esta conquista da minha filha em termos de superação de uma crise e controle de uma birra.

Com um passo de cada vez ainda que em ritmo inconstante, estamos vencendo uma distância inimaginável há um tempo atrás!!!

Grande beijo a todos, muito grata pelos comentários e volto em breve com mais relatos desta incrível jornada pelo mundo da mi.

Bjim procês.

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