Brincar em conjunto

Sinto muito não estar sendo tão frequente em meus relato como gostaria. Através do blog entro em contato com pessoas de vários lugares, faço amigos, mantenho familiares e amigos informados, enfim, acaba se tornando uma troca rica. A dinâmica da vida tem me exigido um pouco mais, por isso tenho postado com menos frequência.

Indico a leitura do livro: “Olhe Nos Meus Olhos”, de John Elder Robison, editora Larousse. Uma auto biografia de um autista. O trecho a seguir foi destacado do livro por meu amigo blogueiro Luis Fernando:

Muitas descrições de Autismo e Asperger descrevem pessoas como eu como ‘não querendo contato com outras pessoas’ ou ‘optando por brincar sozinho’. Eu não posso falar em nome de outras crianças, mas gostaria de ser muito claro sobre meus sentimentos: Eu nunca quis ficar sozinho. E todos aqueles psicólogos infantis que disseram ‘John prefere brincar sozinho’ estavam completamente errados. Eu brincava sozinho porque não conseguia brincar com outras crianças. Eu estava sozinho como resultado das minhas próprias limitações, e estar sozinho foi uma das mais amargas decepções da minha vida, quando criança. A dor aguda daqueles primeiros fracassos me seguiu durante a idade adulta, mesmo depois que eu aprendi sobre Asperger.

Entre crianças

Estas palavras me tocaram fundo quando li no livro, pois eu identifico (e sofro) na Milena esta ânsia por brincar, por estar entre as outras crianças. Entretanto, é necessário que haja uma criança muito sensível, paciente e disposta a entender uma linguagem diferente para que ela consiga brincar. Complicado, pois quando a criança consegue ajudá-la, tende a fazer dela uma boneca: “Não Milena assim, não. Vem aqui Milena, senta aqui…”

Eu fico com coração apertado, às vezes, quando ela não consegue espaço no grupo de crianças. Eu entro na brincadeira, ela até me chama, mas normalmente eu fico de longe apenas observando. Pois por mais que me doa, preciso deixar que ela vivencie suas experiências e aprenda a conquistar seu espaço.

Perto de completar 6 anos

Não posso dizer que é fácil, pois o que mais quero é ver minha filha tendo uma infância rica e feliz. Afinal, semana que vem dia 09 ela irá completar 6 anos. Por isso, fico na expectativa de que ela brinque cada vez mais e que encontre crianças mais dispostas a ajudá-la.

Um beijo em cada um de vocês e, sempre que puderem, diga a uma criança com quem você convive que existem pessoas diferentes no mundo e que gente precisa aprender a conviver e respeitar as diferenças. Você não imagina o quanto nós podemos mudar a realidade alertando uma criança para alguns valores essenciais. Conto contigo!

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