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Fiquei dodói sem ânimo nem pra escrever… A pior virose da minha vida. Mas o importante é que Milena não pegou e eu já estou bem melhor.

A dieta SGSC (sem glúten, sem caseína) melhora muito a saúde das pessoas. É o que dizem todos os que fazem e 0 que comprovo aqui em casa. Lembrem-se que o pai da Milena é seu companheiro de dieta. Solidário, no início se convenceu de que sua vida é melhor sem glúten, principalmente.

No ritmo dela

Tenho tido conversas importantes com as profissionais da clínica onde Milena é atendida. Quando juntas analisávamos suas melhoras, surgiu a pergunta: “Qual o sintoma de Autismo que a Milena (ainda) teria? Ela está interagindo cada vez melhor, está falando tudo, de um jeito ainda peculiar, mas está…”

De fato, como tenho relatado aqui, Milena tem progredido em ritmo crescente. Muitos dos dramas que eu vivi são apenas lembranças, tudo foi superado com muito trabalho e terapia, pois é assim que acontece. Não é correto pensar que no Autismo as dificuldades são limites. Se um dos sinais de Autismo é “Dificuldade em interagir com seus pares de idade” (o que traz um distanciamento em diferentes graus): isso pode ser ensinado, essa interação pode – e deve – ser estimulada e com o tempo o quadro vai mudando. Mas…

Tem sempre um mas. Não é a mesma coisa que uma criança com padrão normal de desenvolvimento.

Conquistas em um desenvolvimento atípico

Milena vai para o círculo de amiguinhas, quer estar perto o tempo todo. Às vezes pega uma boneca e, dependendo do grupo, interage um pouco, sim. Mas não pega a boneca e entra no jogo da imaginação que está rolando no momento. Ela parece querer olhar mais para as crianças do que para o brinquedo e, então, no meio de tudo ela pega o cabelo da garotinha e pergunta: “Cabelo?” E logo desvia sua atenção para outra coisa. Fica orbitando ali em volta. Isso não é interação natural, mas é a interação da Milena.

Eu valorizo esta conquista, e muito. Só quero sempre chamar a atenção para este ponto porque muitas crianças deixam de receber ajuda, ou recebem diagnósticos errados, pelo olhar equivocado de quem examina.

Vale lembrar

Portanto, mais uma vez:

  • A criança com transtorno de espectro do Autismo pode não olhar nos olhos – mas pode aprender;
  • Ela pode ter ou não estereotipias motoras (balançar as mãos por exemplo), mas pode deixar de ter ou aprender a se controlar, ou diminuir;
  • Ela pode ser um pouco ou muito distante e isolada, mas pode também não ser e ser inclusive carinhosa, grudenta, beijoqueira, querer sempre alguém por perto.

Pensar nas dificuldades destas pessoas como carimbos, tatuagens, marcas que levarão para sempre, fez com que muita gente ficasse trancada em casa, longe das escolas, sem frequentar praças e shoppings. Temos, sim, que olhar para estes sinais como o que são: dificuldades – a serem superadas.

Beijos a todos!

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