Diversos lápis de giz de cera um em cima do outro.

O desafio da escola

Vixe!!! Mal voltei destes dias de descanso no Rio e já estou mooorta.

É que tenho tido Milena tempo integral, o que é bom, não vou negar. Pois ficar grudadinha com minha menina é delicioso. Tá aqui no meu colo pra vocês terem uma ideia do grude que é. E não tem essa de “vai lá assistir televisão” ou “vai lá brincar um pouquinho”. A fase de ver TV passou, pelo menos por enquanto, e brincar só se for com a mamãe colada e variando bem a brincadeira, pois 15 minutos são o tempo limite. É assim que minha energia vai embora, mas ver o quanto ela está esperta é um prêmio e tanto.

Dinheiro não compra inclusão

A escola este ano vai ser um desafio. Vamos contratar uma acompanhante pedagógica, além do custo adicional, precisamos de sorte para achar alguém sensível que saiba seu lugar neste contexto. Alguém que não faça nada por ela, que não “tome as dores”, que não assuma o papel da professora, enfim, que saiba ocupar o seu lugar.

A escola, que se dispôs a ser parceira no início, hoje me informou que talvez não tenha vaga para a renovação da matrícula da Milena. Expressei minha indignação mas disseram que se trata de um procedimento normal, só fazem novas renovações se houver alunos suficientes para uma nova turma. Fiquei muito triste e vou aguardar a posição final da escola, mas com aquele bichinho da dúvida atrás da orelha (e se fosse uma criança com desenvolvimento normal, teria vaga?). Quem me acompanha há mais tempo vai lembrar que já fomos recusadas à renovação de matrícula uma vez em uma escola montessoriana no Rio.

Não pensem que a inclusão é fácil minha gente, não é. E estamos falando de uma das mais caras escolas particulares daqui, ou seja, não podemos pensar que é uma dificuldade restrita às escolas públicas. Se por um lado é bom saber que dinheiro não compra inclusão, que esta é uma conquista para todos de forma igual, por outro lado é desanimador constatar que não basta fazermos sacrifícios, investirmos tudo o que podemos para proporcionar à nossa filha meios de se desenvolver. Não depende apenas da gente.

Ela está linda, magrinha por conta da dieta e do quanto tem crescido, mas continua carinhosa, atenta e falante.

Com o coração apertado de ansiedade pelo desfecho desta história da escola me despeço de vocês amigos queridos, contando como sempre com sua torcida.

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